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Até o Peñarol...

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O clube mais tradicional do futebol uruguaio não parou no “hino” do Paysandu á toa. O Peñarol não se perdeu ao passear pela Tito Franco sob o típico calor paraense e por acidente deu as caras na Travessa Curuzu. A explicação da “peripécia” remonta ao longínquo ano de 1965.

É bom dizer, não se relatará uma vitória comum, um amistoso internacional qualquer de manchetes diminutas em amarelados rodapés jornalísticos. Tocar-se-á no insofismável, no improvável. Agigantar-se-á o manto retratado por Nelson Rodrigues que deixou de ser trapo para fazer frente a um dos mais pesados do futebol mundial, o aurinegro de Montevidéu.

Contar-se-á não apenas aquele 19 de Julho de 1965 data em que os “Carboneros” foram impiedosamente “ensacados” pelo “Papão”, mas a aparição – para alguns surreal- dos “Manyas” no “hino” popular do Paysandu.

Antes, não há como não enaltecer aquela mortífera esquadra “peñarolistas”, uma seleção uruguaia enxertada com outros raros talentos latinos que viria à Belém com duas  Libertadores (1960-1961), seis campeonatos uruguaios (1960-1961-1962-1963-1964-1965), um mundial interclubes (1961) e uma série de impressionantes quinze partidas sem derrotas, deixando para trás o poderoso Santos do Rei Pelé em plena Vila Belmiro e o Fluminense de Amoroso “Pé de Coelho”.

O Peñarol era imbatível. “Brincou” no continente durante a década de 60, chegando a encantar o mundo. Viria a derrotar na final do mundial de clubes de 1966, ninguém menos que o temido Real Madrid de Ferenc Púskas, partida na qual Abbadie penduraria suas chuteiras. O Paysandu conquistaria uma vitória sobre aqueles que venceram o mago húngaro e o rei do futebol. Um feito, certamente, digno de figurar na biblioteca de epopeias do futebol destas bandas, e certamente credenciado a virar música.

Presenteados com a cancha de Julio Cesar Abbadie (que voltava ao Uruguai após uma passagem pelo Genoa-ITA), o talento de Pedro Rocha (o qual, mais tarde se consagraria com a camisa do Tricolor Paulista), as defesas estupendas de Ladislao Mazurkiewicz, a versatilidade de Pablo Forlán (que também faria história com a camisa do São Paulo FC, conquistando três títulos paulistas) e os gols da dupla endiabrada formada por Alberto Spencer (maior artilheiro da história da Taça Libertadores com 54 tentos) e Juan Joya, um dos mais notáveis jogadores peruanos de todos os tempos.

Não foi coincidência: O clube oriental excursionava pelo Brasil e triturava seus adversários com seu carrossel de craques. Veio à Belém, bancados pela diretoria bicolor, para enfrentar o desconhecido time paraense que havia conquistado o título regional daquele ano. Foi esmagado por 3x0 em uma manhã imortal para os azuis celestes.

Foi essa goleada que inspirou a criação da saudosa musiqueta, cantada desde então na hereditariedade da Curuzu: O autor da façanha foi um torcedor comum, de beira de alambrado, um músico da marinha chamado popularmente de Seu Pires. A sua euforia ressoou pela primeira vez uma melodia, que se eternizaria como a trilha sonora de conquistas monumentais e chegando, inclusive, ao conhecimento da sul-américa na Libertadores de 2003, mesmo depois de quase quatro décadas (38 anos) de padecimento do Peñarol-URU.

A genialidade de Pires foi parar nas talentosas mãos de Clodomir Colino que deu vida á uma das mais simpáticas marchinhas do futebol brasileiro. Nascia, portanto, o legítimo (embora não oficial) hino popular do Paysandu. 

 

EQUIPES:

Paysandu: Castilho, Oliveira, Beto, Jota Alves, Abel, Carlinhos, Quarenta, Pau Preto (Milton Marabá), Edson Piola (Vila), Milton Dias (Laércio) e Ércio. Técnico: Juan Alvarez 

Peñarol: Mazurkiewcz; Forlan, Lescano, Varela e Caetano; Dávila, Pedro Rocha, Abaddie (Flores), Silva,  Alberto Spencer (Resnick) e Joya. Técnico Roque Máspoli

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