
Campeão da Super Copa Grão Pará e da Copa Verde em 2025, o Paysandu Sport Club busca agora o seu terceiro título no ano, o do Campeonato Paraense. A equipe bicolor vai iniciar a disputa pela 51ª taça nesta quarta-feira (7), às 21h, contra o Clube do Remo, no Estádio Mangueirão. O jogo de volta será no domingo (11), às 17h, no mesmo local.
Segundo atleta com maior tempo de casa no clube – atrás apenas do lateral-direito Edílson –, Matheus Nogueira vai disputar um Re-Pa pela oitava vez. No primeiro clássico do goleiro, válido pela Série C 2023, o Papão venceu por 1 a 0 e, inclusive, ele defendeu uma cobrança de pênalti.
Para o goleiro, o cenário atual lembra um pouco aquele momento da sua recém-chegada ao clube. “A gente estava em uma situação até pior do que a gente está hoje, era Série C. Acho que estávamos na zona de rebaixamento, penúltima colocação, e foi um Re-Pa que nos alavancou, nos deu uma confiança tremenda para que a gente pudesse dar aquela virada de chave. É claro que a gente sabe que é difícil, o outro lado vive um momento bom, mas a gente sabe que clássico é diferente. Independente de posição na tabela ou de fase, o que sobressai é a vontade, aquele que é mais efetivo, e a gente tem todas as peças para que a gente possa sair vitorioso desse clássico, levantar esse título e começar de vez essa virada de chave”, afirmou.
Matheus Nogueira também comentou sobre a última partida do time, que acabou superado pelo Volta Redonda-RJ nos acréscimos. “Para mim, como goleiro, tomar qualquer gol é ruim independente da situação. Se está ganhando de 5 a 0 ou se está empatando, como era o caso, e ainda mais no último minuto. Fica uma frustração, porque foi um jogo difícil e a gente estava conseguindo segurar o resultado até faltando dois minutos para acabar o jogo, então tomar um gol desse no finalzinho é frustrante”, lamentou.
Matheus Nogueira vai disputar o oitavo clássico Re-Pa da carreira
Diante da sequência de resultados sem vitória, o goleiro garantiu que a equipe tem lutado em busca dos três pontos. “O torcedor não tem mais paciência, e a gente entende porque a cobrança é por resultado, e o resultado não está vindo. Estamos fazendo uma força muito grande em cima daquilo que a gente tem, em cima das logísticas e dos jogos. Se nós estamos passando por essa questão de jogo em cima de jogo é pelo fato de estarmos em todas as competições. O ponto fora da curva, com certeza, é a Série B, mas se você for ver nas outras competições nós estamos vivos. Fomos campeões da Copa Verde, da Super Copa Grão Pará, estamos na final do Campeonato Paraense. E temos chances de classificar na Copa do Brasil, mas a Série B não é nem perto do que a gente queria estar passando. Temos que entender que o momento passa e tem que passar o quanto antes. E o torcedor não tem mais paciência, querendo ou não estamos há um mês sem ganhar, e temos que vencer o quanto antes”, analisou.
Ainda de acordo com o camisa 13 do Papão, o momento exige serenidade do grupo. “Na minha visão, quando a fase está boa, precisamos manter a cabeça no lugar, não se empolgar para que a gente não possa tropeçar nas próprias pernas. E agora temos que ter um mental forte, para que a gente possa fazer o que tem que ser feito dentro de campo. O trabalho reflete dentro de campo. A gente não tem muito tempo para treinar, é viagem, é descansar quem está jogando, tentar dar uma carga de treino para quem não está jogando. Eu acho que esses dois fatores são importantes, ter um mental forte e trabalhar, que eu tenho certeza que essa fase vai passar e o nosso torcedor vai voltar a sorrir”, confiou.
Goleiro lamenta o início na Série B, mas confia em uma recuperação
Com jogos em sequência, o atleta lamentou o tempo curto de preparação, uma vez que a equipe não tem tido uma rotina de treinos considerada ideal. “Isso influencia. Se nós estamos passando por isso, é porque esse é o preço do sucesso por estarmos em todas as competições. Quando os jogadores vieram para cá, todos já sabiam os objetivos do clube. Como falei, o ponto fora da curva é a Série B, não estamos satisfeitos, nós estamos nos cobrando muito. Se tem alguém que quer sair dessa situação somos nós, porque é a nossa cara que está ali, é o nosso trabalho, é a instituição que a gente está defendendo, então nós queremos mais do que ninguém sair dessa situação”, finalizou.